sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A TENTATIVA DO CATOLICISMO DE JUSTIFICAR O USO DE IMAGENS E RELÍQUIAS

É importante que consideremos aqui o pronunciamento oficial do Catolicismo concernente ao uso de imagens e relíquias na adoração. O Conselho de Trento afirmou que "as imagens de Cristo, da Virgem Mãe de Deus e de todos os santos, devem ser tidas e mantidas, especialmente nas igrejas, com a devida honra e veneração que lhes devem ser dadas".
O Catecismo de Baltimore, Confraternity Edition, diz, acerca da questão #223: "De todas as imagens, a mais sagrada é a representação da morte de Cristo na cruz, o crucifixo. Este deveria encontrar lugar na casa de todo Católico. A veneradíssima relíquia da Igreja é a cruz sobre a qual nosso Salvador morreu. A sua maior parte é mantida na igreja da Santa Cruz, em Roma, e pequenas partes estão distribuídas entre diferentes igrejas mundo afora". O Conselho de Trento disse: "O sagrado corpo dos santos mártires ... devem ser venerados pelos fiéis. Através dos seus corpos muitos benefícios são dados por Deus aos homens ... aqueles que afirmam que não se deve veneração e honra às Relíquias dos santos ... devem ser totalmente condenados".
O Catolicismo dá várias razões para o por quê usa relíquias e imagens na sua adoração. A questão #223 do Catecismo de Baltimore, diz: "Não oramos para o crucifixo ou para as imagens e relíquias dos santos, mas para a pessoa que eles representam". A lição 17 do Catecismo de Baltimore diz: Usamos pinturas, estátuas e crucifixos para nos relembrar de nosso Senhor, da Sua Abençoada Mãe e dos santos. Não oramos para as imagens e relíquias, mas para as pessoas que elas nos fazem lembrar".
É significativo que adoradores de ídolos pagãos ao redor do mundo dão exatamente as mesmas explicações que os Católicos para o porquê encurvam a cabeça diante de estátuas e relíquias: suas imagens têm o propósito de relembrar-lhes de seus deuses e suas orações são, de fato, para as pessoas que as estátuas representam.
A questão #223 do Catecismo de Baltimore explica a veneração de imagens pelo Catolicismo da seguinte forma: "Encontramos nelas formas de nos inspirar com afeição piedosa, de nos lembrar dos santos e de nos ajudar a orar com mais devoção. É por isso que a casa de todo verdadeiro Católico deve manter figuras santas na parede ou imagens sagradas entre a mobília".
Descendo a rua da casa de minha infância, em Oklahoma City, havia a Igreja Católica de Corpus Christi, cujo sacerdote era John J. Walde. Esse sacerdote escreveu um livrinho, O que você deveria saber sobre os Católicos, no qual disse, com relação às figuras dos santos: "Ver suas figuras recorda-nos de imitá-los. Além disso, sendo eles agora amigos de Deus no céu, podem ajudar-nos intercedendo diante de Deus se lhes pedimos para nos ajudar". A questão #219 do Catecismo de Baltimore diz: "Honramos as relíquias porque são os corpos dos santos ou objetos relacionados aos santos ou ao nosso Senhor".
A tentativa Católica Romana de justificar sua veneração ou adoração de imagens e relíquias certamente requer algumas ginásticas hermenêuticas práticas. Hermenêutica significa método de interpretação das Escrituras e o Catolicismo realiza algumas ginásticas hermenêuticas consideravelmente criativas na tentativa de justificar suas práticas nessa área.
Tentam explicar sua posição aludindo aos dez mandamentos e interpretando-os e reinterpretando-os. Como o segundo dos dez mandamentos de Deus é manifestadamente contra o uso de imagens e relíquias ele requer uma explicação extensiva e complicada se imagens serão usadas na adoração.
O segundo dos dez mandamentos de Deus encontra-se em nosso texto para essa mensagem, Êxodo 20:4-6. "Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás". Muitos catecismos Católicos omitem esse segundo mandamento e re-numeram o resto fazendo que o número três torne-se o número dois, que o número quatro torne-se o número três, até chegar ao décimo mandamento, que dividem em dois mandamentos distintos. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, numero nove, e Não cobiçarás coisa alguma do teu próximo.
Veja-se o que o Catecismo de Baltimore diz acerca da questão #220: "O primeiro mandamento proíbe fazer e usar estátuas e gravuras apenas quando promovem falsa adoração". No entanto, se alguém olhar sua Bíblia, encontrará que o primeiro mandamento não se refere especificamente a imagens. É o segundo mandamento que se refere a imagens, mas Roma tem omitido esse mandamento de seus catecismos. O segundo mandamento não faz nenhuma distinção entre verdadeira ou falsa adoração, proíbe, no entanto, qualquer tipo de imagem na adoração!
A questão #224 do Catecismo de Baltimore diz: "Qual é o segundo mandamento de Deus? O segundo mandamento é: Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão". Mais uma vez, se alguém olhar sua Bíblia, encontrará que esse não é o segundo mandamento. Esse é o terceiro!
A versão Douay-Rheims das escrituras, uma versão Católica oficial, tem essa nota de roda pé em Êxodo 20:4: "Mas, por outro lado, imagens, gravuras ou representações, ainda que na casa de Deus, ou em qualquer santuário não são necessariamente proibidas, mas são expressamente autorizadas pela Palavra de Deus". Exige-se realmente algumas ginásticas hermenêuticas engenhosas para tal explicação do segundo mandamento!
De onde vem o uso de imagens e relíquias da adoração Católica? De sua própria admissão e, por fatos históricos, da tradição da igreja, e não da Palavra de Deus. A adoração de imagens foi oficialmente sancionada pela igreja Católica no segundo conselho de Nicea, em 787 d. C.. A declaração oficial do Conselho concernente ao uso de imagens é a seguinte: "Os cristãos não deveriam só servir e honrar as imagens, mas venerá-las e adorá-las".

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